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sexta-feira, 1 de julho de 2016

Amor de lata

Poema publicado na antologia "Trilha de Lótus, 2016"


Amor de lata

O amor que tu me tinhas
Era fraco, fino e parco
Era de lata, bijuteria
Enferrujou.

A paixão que tu me destes
Era pouca, fria e louca
Era rala, insossa
Evaporou.

E a confiança, que eu te dei
Era real, transparente, cristal
Era vidro
E se quebrou.
Fonte: Google Imagens
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"Não tem mais volta, foi ponto final. Quebrou o cristal, é não tem mais conserto. (...) Eu tenho simplesmente que seguir a minha estrada."

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Inércia

Há quem diga ser ilusão
Há quem diga ser bobagem
Mas só eu sei o que tenho no coração
O que eu trago na bagagem

Eu sei quais são as lanças que me atingem
Eu sei quais são as dores que me doem
Eu sei os males que meu peito aflingem
Quais os motivos que me corroem

Há quem diga ser ilusão
Há quem diga ser desgosto
Mas estou seguindo na contra-mão
Sem enxugar as lágrimas do meu rosto

Há de ser dúvida passageira
Há de ser coisa insana
Esse choro sem estribeira
E essa tristeza mundana

Quero lutar contra o destino
Reflexo da inércia presente
Força motriz a me tirar o tino
Acovardando a mulher valente


"Dissestes que se tua voz tivesse força igual a imensa dor que sentes teu grito acordaria não só a tua casa mas a vizinhança inteira. E há tempos nem os santos tem ao certo a medida da maldade. E há tempos são os jovens que adoecem e há tempos o encanto está ausente e há ferrugem nos sorrisos."


domingo, 13 de setembro de 2009

Meu triste olhar


Poema muito, muito antigo, de quando comecei a escrever, há uns 6, 7 anos atrás, não tá muito condizente cmg hj, mas precisava atualizar aqui ahuahauahuaha
 

Choro baixo,
Pro meu pranto não atormentar ninguém.
Choro assim,
Triste, sozinha,
E sozinha vivo a vagar,
Feito um pássaro,
Condenado a voar
Sozinho na mata,
Sem proteção, sem carinho...
Choro, e em meu triste olhar,
Só se vê dor e sofrimento.
Cansada de tanta dor e tormento,
Afoga-se em lágrimas
Tudo o que se sente no coração.
A tristeza de vagar na solidão,
A tristeza de estar só na escuridão.
Chora o meu triste olhar,
Chora baixo,
Sem parar,
Mas chora e chora triste,
O meu triste olhar...




" I'm a hazard to myself, don't let me get me..."


sábado, 18 de julho de 2009

Maremoto

Olhos inchados
Vermelhos
Aguados.
Maremoto em meu ser
Deságua
Lavando
Levando pra fora o que é dor
O que é dor?
Pingos e respingos
Gotas de escuridão
Rios que nascem em minha face
Mar em mim
Poças se formam no chão
É mágoa líquida
Água que não mata a sede
Água murcha, vazia
Água sem ser
Inchaço
Estilhaços e fragmentos
Maremoto em meus olhos
Deságua
Lágrimas.

"Não me dê atenção, mas obrigado por pensar em mim..."


domingo, 5 de julho de 2009

Sou eu


Já que a galera que frequenta aqui curte esse clima mais down nos poemas, tô postando esse, que foi escrito no mesmo dia do "Poema Mudo".



Sou Eu

Sou eu a gota que cai no seu jardim
E sou eu o vento que assovia em seu telhado
Sou também a névoa que embaça sua janela
E sou o pulsar do seu coração assustado.



Eu sou a pedra que você desvia,
A sede que você mata
Sou o medo e a agonia
E sou o nó que você desata



Sou o caminho tortuoso
Que você não quis percorrer
A imperfeição no seu quadro
Que você teimou em desfazer



Eu sou a relva que você pisa
A fruta podre que te causa repulsa
Sou também aquela garrafa vazia
E sou a felicidade que você expulsa.



"E o teu medo de ter medo de ter medo, não faz da minha força confusão."



sexta-feira, 15 de maio de 2009

Nulo

Um tempão sem vir aqui postar, vida corrida, semana de seminários e provas na faculdade, criação de campanhas, finalização de projetos, trabalho corrido idem, sugando todas as minhas energias. (IN)Felizmente, uma doençazinha me deu uns dois dias de descanso, nada muito grave, mas preferia estar trabalhando e estudando normalmente, a ter q tomar remédios e injeções, e fazer exames. Odeio agulhas. Daí vim postar aqui, de molho em casa, sem escrever há um tempão. Nada muito pessoal, nem como realmente me sinto agora, mas gosto desse.

Desidratação

Seco
Liso
Frio
Coração em pedaços
Carne em ranhuras
Veias finas
Em meu peito apenas sangue
Já não há mais gosto em viver
Esvaiu-me o prazer da vida
Já não sinto
Já não quero
Já não sei
Já não sou...
Nem dor nem amor
Sentimento nulo em mim
Nem felicidade nem trevas
É o nada em tudo
É a tristeza que não chega
É o amor que não comparece
Já não sou mais eu
Não estou normal
E não me sinto diferente
Vazio e só
Poderia estar muito pior
Como poderia estar bem melhor
Eu e apenas eu
E só.

domingo, 26 de abril de 2009

Mutação



Tristeza no mundo
A solidão me dói
Me quebra,
Me isola
Me arrasta daqui
Já não suporto mais esse lugar
O mundo me satura
A felicidade alheia me consome
Ouço ao longe barulhos esparsos
Fragmentos de conversas
Que não quero participar
O mundo é barulhento
E eu necessito de silencio
Por favor, leiam as entrelinhas
Socorram minha alma semimorta
Necessito atenção
Palavras já não me definem
Gestos já não me completam
Sensações não são mais lagrimas em mim
Só o silencio me entende
Só o vazio me define
O grito já não sai mais da garganta
E há tempo que a tristeza mora aqui
Ninguém vê minhas trevas
Ninguém ouve minha mudez
Queria entender essa mutação
Que fere, destrói e mata
O meu frágil ser...


"E eu nem sei porque me sinto assim... vem de repente um anjo triste perto de mim..."