Quando a revolução chegar
Ela não trará flores
Nem sorrisos
Virá com os olhos embotados
De lágrimas e injustiças
E requisitará a tua mão
Quando a revolução chegar
Não trará belezas
Nem alegrias
Chegará calejada e áspera
Da labuta diária
E quererá a tua força
Quando a revolução chegar
Não virá em cavalo branco
Nem de carro
Mas nos pés oprimidos e teimosos
Despidos de tudo
E buscará o teu vigor
Quando a revolução chegar
Não virá de fácil acesso
Nem bom grado
Mas da força da massa uníssona
Do povo unido
E precisará da tua voz
Quando a revolução chegar, amor
Antes da sonhada liberdade
Haverá luta
Antes da nossa glória,
O luto
Que, para nós, será verbo.
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"Vem, vamos embora que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer."