quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Rotina

ROTINA

O ar queima os pulmões
Feito brasa incandescente.
O braço adormecido é peso inútil
Balança solitário ao lado do corpo.
As pernas amolecem com a sobrecarga
Viro água escorrendo por mim.
A sanidade é um véu que se rasga
E dilacera a carne fresca.
A loucura é um vil desejo
E o medo supremo do amanhã.
Pensamentos que transbordam
Escorrem pelas arestas mal aparadas de mim.
Minha mente é rio de tormenta
Águas turvas que mal tocam o céu.
1, 2, 3, e solta o ar
Lufada de esperança moribunda,
Sussuros entrecortados
Puxa pelo nariz e solta pela boca.
Eu (não) estou bem.
Eu (não) estou bem.

Fonte: Google Imagens

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"Viajamos sete léguas por entre abismos e florestas. Por Deus! Nunca me vi tão só, é a própria fé o que destrói. Estes são dias desleais..."

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pena de Chumbo


Pena de Chumbo


Como é que se tira
O peso da vida e
A dor da alma?
Quando tudo é caos,
Como é que se acalma?

Como é que se vive
De peito aberto e
De pleno sorriso?
Além do arco-iris,
Onde está o paraíso?

Onde é que se encontra
A paz pra viver
Tão contente e feliz?
Como é que eu sei,
O que foi que eu fiz?

Onde está o manual
Que explica o que é
A vida de verdade?
Como é que se alcança
Essa tal serenidade?

Como é que se soma
Quando todo o resto
Decide sumir?
Qual é o sentido,
Que caminho seguir?

Quando tudo é dor
E uma lágrima pesa
Uma tonelada,
Como é que se sobrevive
A essa madrugada?



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"E quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima."

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Bala de Canhão

Bala de Canhão

Trago o gosto amargo da derrota
Como quem traga o último cigarro
Sofregamente
Sombriamente
Em desespero
Em negação.

Agarro-me às bordas da esperança
Tão finas, tão ralas, tão rotas
Instintivamente
Ardentemente
Com afinco
Com paixão.

Respiro em meio ao caos do momento
Sentindo no peito o peso do mundo
Insanamente
Avidamente
Entre cortes
Entre mortes.

Coração aberto jorrando sangue
Sem saber se é ilusão ou traição
Prematuramente
Certeiramente
Tiro de fuzil
Bala de canhão.


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"Vai ver que não é nada disso. Vai ver que já não sei quem sou. Vai ver que nunca fui o mesmo. A culpa é toda sua e nunca foi."

domingo, 11 de setembro de 2016

Livros em Pauta: lançamento de livros da Andross Editora

F R I O  N A  B A R R I G A!

No dia 8 de outubro será o lançamento das antologias da Andross Editora, incluindo as duas nas quais publicarei um conto e um poema. Há 8 anos eu publiquei pela primeira vez, e até hoje, somo participações em 6 coletâneas dessa editora, e logo mais serão 8. Foram 6 anos longe do "mundo literário", e estou muito feliz de voltar, quem sabe agora, em definitivo (ou não, só Deus sabe ahauhauahauh).