segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sábado de Aleluia.


(Quase) Baseado em {não} fatos sur ir reais.
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Eu o conheci num sábado de carnaval. Num daqueles raros momentos onde o mundo para de girar e tudo é silêncio quando você olha para a pessoa, e de repente encontra todas as respostas que procura.

Um sorriso escapou dos lábios e quando me dei conta já conversávamos há horas. Vidas talvez? O momento da separação foi de uma dor imensa para ambos. Sentíamos no peito e na boca a saudade que massacraria os próximos dias.

Tudo se tornou cor de rosa, com textura de algodão, e viver ficou muito mais gracioso com a presença constante das mensagens, dos mimos e dos beijos roubados em sonho, como se todo o meu eu o quisesse sempre por perto. Ele era um príncipe, e eu um pássaro acostumado a voar sozinho, mas dessa vez eu queria companhia.

Mas a vida sempre tem um jeito maluco de nos surpreender, e a bela manhã de verão se tornou uma densa e tenebrosa noite de inverno. Em um sábado ele não apareceu. No domingo, não retornou minhas chamadas. Na segunda-feira sumiu de vez, apagando os rastros de sua vida pregressa.

Dias e noites se somaram ao sumiço, e cada minuto de ausência era uma pá que cavava fundo o buraco que ele deixou em meu peito. E então veio a luz. Uma mensagem de que tudo estava bem e como antes, apesar do stress de uma vida agitada para ambos. Mas as promessas não passaram de palavras vazias declaradas ao vento e que passaram a chegar em conta-gotas.

E a cada minuto de ansiedade foi se transformando em agonia. Depois veio a indiferença. Este pássaro não se contenta com migalhas. Fagulhas de afeto não aquecem. Nosso caso durou a eternidade de 3 poemas. Então em um sábado decidi que era hora de voar. Aleluia!

Hey, príncipe, tô levando o seu cavalo branco. E as mãos, que antes acariciavam tua pele, seguirão com os dedos médios em riste, sinal de que continuei de pé mesmo depois do duro golpe final. Adeus.
Babaca.

Fonte: Google Imagens

"Relógio que atrasa não adianta, e o remédio que cura também pode matar. Como água demais mata a planta."