terça-feira, 18 de outubro de 2016

Embriaguez

Teus olhos
Tuas mãos
Tua carne
Teu eu.
Tudo em ti
Toca o que há de mais insano em mim.

Tua presença
Tua certeza
Tua firmeza
Tua solidez.
Toda tua constância
Inebriam a minha alma inquieta e ansiosa.

Teu ar
Teu cheiro
Teu gosto
Teu calor.
Tudo que emana de ti
Me enlaça o juízo e me lança à loucura.

Sonhos
Sussurros
Promessas
Delírios.
Você, por inteiro,
Me leva ao torpor de uma louca embriaguez.

Fonte: Google Imagens

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"É que eu te vejo em tudo. Em cada canto dessa casa. Nos cabides, nas gavetas e na cama bagunçada, e no box do banheiro sempre que o vidro embaça, tem seu nome, um coração, e uma flecha atravessada."

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Verborragia

Verborragia

Entre gritos silenciosos
Minha garganta muda
Clama por razão.
A discreta transição
Entre sensato e insano
É tênue, imperceptível.
Não são opostos,
Mas, complementares.
Não há paz onde nunca houve guerra.
Danço em brasas quentes
Labaredas que consomem meu ar
Misto de prazer e dor.
Flerto com a morte e a loucura
E suavemente, deslizo entre sanidade e razão.
Com o ritmo cadenciado dos desesperados
Que fingem o equilíbrio felino.
Toda palavra é flecha
Cada nova aurora é lâmina
A realidade é poesia marginal
A estapear-me a cara.
A madrugada é finita.
Acorda, mulher!
É dia...


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"O deserto que atravessei, ninguém me viu passar. Estranha e só. Nem pude ver que o céu é maior."

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Rotina

ROTINA

O ar queima os pulmões
Feito brasa incandescente.
O braço adormecido é peso inútil
Balança solitário ao lado do corpo.
As pernas amolecem com a sobrecarga
Viro água escorrendo por mim.
A sanidade é um véu que se rasga
E dilacera a carne fresca.
A loucura é um vil desejo
E o medo supremo do amanhã.
Pensamentos que transbordam
Escorrem pelas arestas mal aparadas de mim.
Minha mente é rio de tormenta
Águas turvas que mal tocam o céu.
1, 2, 3, e solta o ar
Lufada de esperança moribunda,
Sussuros entrecortados
Puxa pelo nariz e solta pela boca.
Eu (não) estou bem.
Eu (não) estou bem.

Fonte: Google Imagens

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"Viajamos sete léguas por entre abismos e florestas. Por Deus! Nunca me vi tão só, é a própria fé o que destrói. Estes são dias desleais..."

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Pena de Chumbo


Pena de Chumbo


Como é que se tira
O peso da vida e
A dor da alma?
Quando tudo é caos,
Como é que se acalma?

Como é que se vive
De peito aberto e
De pleno sorriso?
Além do arco-iris,
Onde está o paraíso?

Onde é que se encontra
A paz pra viver
Tão contente e feliz?
Como é que eu sei,
O que foi que eu fiz?

Onde está o manual
Que explica o que é
A vida de verdade?
Como é que se alcança
Essa tal serenidade?

Como é que se soma
Quando todo o resto
Decide sumir?
Qual é o sentido,
Que caminho seguir?

Quando tudo é dor
E uma lágrima pesa
Uma tonelada,
Como é que se sobrevive
A essa madrugada?



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"E quando chegar a noite, cada estrela parecerá uma lágrima."

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Bala de Canhão

Bala de Canhão

Trago o gosto amargo da derrota
Como quem traga o último cigarro
Sofregamente
Sombriamente
Em desespero
Em negação.

Agarro-me às bordas da esperança
Tão finas, tão ralas, tão rotas
Instintivamente
Ardentemente
Com afinco
Com paixão.

Respiro em meio ao caos do momento
Sentindo no peito o peso do mundo
Insanamente
Avidamente
Entre cortes
Entre mortes.

Coração aberto jorrando sangue
Sem saber se é ilusão ou traição
Prematuramente
Certeiramente
Tiro de fuzil
Bala de canhão.


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"Vai ver que não é nada disso. Vai ver que já não sei quem sou. Vai ver que nunca fui o mesmo. A culpa é toda sua e nunca foi."

domingo, 11 de setembro de 2016

Livros em Pauta: lançamento de livros da Andross Editora

F R I O  N A  B A R R I G A!

No dia 8 de outubro será o lançamento das antologias da Andross Editora, incluindo as duas nas quais publicarei um conto e um poema. Há 8 anos eu publiquei pela primeira vez, e até hoje, somo participações em 6 coletâneas dessa editora, e logo mais serão 8. Foram 6 anos longe do "mundo literário", e estou muito feliz de voltar, quem sabe agora, em definitivo (ou não, só Deus sabe ahauhauahauh).

domingo, 21 de agosto de 2016

ANSIEDADE

ANSIEDADE

As paredes se fecham
Sem que a porta abra
O ar pesa
E tudo gira.
Nessa dança desritmada e sufocante
O grito que preciso dar está preso na garganta
Entalado,
Encurralado
Sem um fio de ar que o socorra.
Quem escuta o meu silêncio
Enquanto tremo descontroladamente?
Enquanto gemo desesperadamente?
Enquanto todo o meu ser transpira temor?

Estou só…

A vista escurece
As pernas bambeiam
Os olhos se fecham
A boca resseca
E eu desabo.
E tudo o que sobra é este velho coração
A bater feito louco
Bombeando medo
Por veias onde antes corria sangue.



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"Quem vai saber o que você sentiu? Quem vai saber o que você pensou? Quem vai dizer agora o que eu não fiz? Como explicar pra você o que eu quis?"

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Escuridão

Bip... Bip...Bip...

Acordei com aquele barulhinho irritante na cabeça e uma ardência esquisita no braço. Abri os olhos e tudo estava escuro. Por que será que apaguei as luzes? E que barulho era aquele?
Tentei me mexer e a ardência aumentou. Aquilo era uma agulha? Forcei a mente pra tentar se lembrar do que tinha acontecido nas últimas horas, e como resposta, tive um borrão. Não havia nada do que se lembrar.

Então articulei algumas palavras, e o som foi praticamente inaudível. Meu Deus, será que estou morto? Tentei novamente e nada além do que um sussurro escapou de meus lábios. Ninguém me disse que morrer era tão doloroso. Minha cabeça latejava atrás de respostas, e meu braço ardia violentamente. Decidi então esperar o que aconteceria, já que eu não podia falar e nem me mexer, e aquela sensação estranha dentro de mim não ia embora.

Minutos – que na verdade pareceram horas – depois, alguém estava chamando meu nome. Abri novamente os olhos, e não vi ninguém, e então, a realidade me atingiu como um soco na cara: o acidente!

Comecei a me debater, desesperado, e mãos mais fortes me seguraram. Eu já não ouvia mais o que diziam. Meu braço ardeu mais ainda, e segundos depois, eu estava num estado letárgico. Acordado, porém imobilizado e lento. Com certeza, me deram um ‘sossega-leão’. Assustado demais para dormir, tentei me lembrar daquela noite... e nada. O que será que tinha acontecido?

Escutei uma voz conhecida me chamando. Era a minha mãe. Não consegui vê-la, mas senti seu toque em meu braço, e seu beijo em minha testa. Senti a lágrima que caiu sobre meu rosto, e se juntou a minha própria lágrima. Eu havia começado a chorar. Não precisei de palavras para entender a extensão de meu problema. Meus olhos, antes tão coloridos e cheios de vida, nunca mais voltariam a enxergar. Com palavras doces, ela tentou me dizer o que já não era mais segredo. Eu havia, no acidente, perdido a visão. Havia também quebrado algumas costelas e uma perna. Parece que um motorista, bêbado, cruzou a pista e veio de encontro ao meu carro, me arremessando pra longe. Minha mãe dizia que eu havia tido sorte. Sorte? Porra, estou cego!

Mergulhei num silêncio profundo, que era para combinar com a escuridão em que eu me encontrava. A visão, pra quem nasceu enxergando, é algo muito difícil de perder. Ninguém se imagina cego. Refleti, pelos longos dias que se arrastaram no hospital, sobre a minha vida a partir daquele dia. Um dependente completo. Será que não teria sido melhor perder a vida de uma vez, do que vê-la escapando de seus dedos lentamente? Raiva pulsava em minhas veias.

E o tão temido dia, chegou: eu estava de alta. Ir pra casa, e encarar o breu que seria a minha “vida normal” não me agradava nem um pouco. Mas a vida, meus caros, a vida tem esse quê de impressionante, que nos faz de tolos por achar que controlamos algo. A vida segue o seu rumo, sem perguntar o quê e nem pra quê. No momento em que pisei fora do hospital e senti o vento batendo em meus cabelos, no instante em que respirei aquele ar cheirando à primavera – e eu sei o quanto isso tudo é clichê – eu senti que deveria sim ter vivido. Que toda aquela raiva e angústia em meu peito (afinal, eu era um cara responsável, e estava sofrendo as consequências de um ato imbecil de um monstro que bebeu e dirigiu) iriam passar.

Resolvi levantar a cabeça e aceitar o que viesse, mesmo sabendo que o que viria, não seria fácil, e nem doce. Aceitar é a primeira forma de vencer, e eu, nasci pra ser um vencedor.

Segui em frente.


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"Everything that kills me makes me feel alive"

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Amor de lata

Poema publicado na antologia "Trilha de Lótus, 2016"


Amor de lata

O amor que tu me tinhas
Era fraco, fino e parco
Era de lata, bijuteria
Enferrujou.

A paixão que tu me destes
Era pouca, fria e louca
Era rala, insossa
Evaporou.

E a confiança, que eu te dei
Era real, transparente, cristal
Era vidro
E se quebrou.
Fonte: Google Imagens
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"Não tem mais volta, foi ponto final. Quebrou o cristal, é não tem mais conserto. (...) Eu tenho simplesmente que seguir a minha estrada."

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Cegueira

A cegueira também é isto, viver num mundo onde se tenha acabado a esperança. (José Saramago - Ensaio sobre a Cegueira)


Cegueira

Janeiro passou voando
Foi como cobra que se arrasta
foi brasa acesa, queimando
Foi como fogo que se alastra
Que mata e a gente nem vê 

Fevereiro foi insano
Como pio de pássaro na floresta
Como conselho de arcano
Como coração em festa
Que chega e gente nem vê

Março foi um aguaceiro
De chuva e de lágrima
Que lava o céu inteiro
Um banho de lástima
Que encharca e a gente nem vê

E abril passou sem graça 
tal como vento
tal como rio que passa
tal como o tempo 
que morre e a gente nem vê. 

Maio foi de ressaca
De rosto que amassa
De boca que resseca
De sono que não cessa
Que castiga e a gente nem vê 

Junho foi escuro
Tipo treva, tipo breu
Tipo planejar o futuro
Tipo abismo, tipo eu
Que me escondo e a gente nem vê 

Julho foi chumbo
Foi pesado como bala de canhão
Foi ver do poço, o fundo
Foi desgovernar na contramão
Que destrói e a gente nem vê 

Agosto foi desgosto
E perdoe-me pelo clichê
E perdoe a ruga em meu rosto
É o sofrimento a me envelhecer
Que entristece e a gente nem vê

Setembro foi flor em botão 
Que a gente tem medo de regar
Que a gente guarda no coração 
Que a gente tem medo de estragar
Que desabrocha e a gente nem vê

Outubro foi raio de sol 
E sua luz amena e pálida
E seu lume de farol
E sua beleza cálida 
Que aquece e a gente nem vê 

Novembro foi calor
Daqueles que esquentam
Daqueles de doce torpor
Daqueles de suam
Que queima e a gente nem vê 

Dezembro foi verão
De céu e de mar azul
De pura imensidão 
Do nosso corpo nu
Se amando e a gente nem vê 

Recomeços.


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Sei lá, sei lá... a vida é uma grande ilusão...


terça-feira, 22 de março de 2016

Caleidoscópio

Caleidoscópio
 
Quando todo o meu ser parece quebrado
E os pedaços já não se encaixam
É preciso respirar fundo
Encontrar fôlego num suspiro
E um segundo pode durar a eternidade.
Enquanto mil facas cortam-me a carne
E o que eu vejo é a alma líquida a escorrer
Tão frágil, tão cheia, tão eu...
Sinto a mágoa fria a escoar
E sinto falta de mim.
Desespero
Grito
Preso
Mil faces dum caleidoscópio
Em preto e branco
Fonte: Google Imagens
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"Viajamos sete léguas por entre abismos e florestas. Por Deus, nunca me vi tão só, É a própria fé o que destrói. Estes são dias desleais."

quarta-feira, 16 de março de 2016

Você & Eu

Outro poema "antigo":

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Eu & Você

Gosto da firmeza do teu corpo 
Da certeza maciça que ele me traz 
Gosto das tuas mãos suaves 
Do leve roçar dos teus dedos nos meus
Gosto de ver teu riso de menino
E teu rosto de homem com a barba por fazer 
Gosto desses olhos que sorriem junto com a boca 
Que se fecham involuntariamente de alegria 
Gosto da tua companhia quieta, discreta 
Da segurança que eu sinto ao teu lado 
Gosto da tua seriedade juvenil 
E da paixão com que se dedicas ao que lhe é importante 
Gosto de te ver a minha espera
E das borboletas que voam no meu estômago quando isso acontece 
Gosto das palavras ditas apressadamente pra que eu não perceba
E gosto da reação que elas me causam
Gosto da curva entre teu pescoço e os ombros 
E de todos os detalhes do teu corpo que eu já reparei
Gosto dos teus lábios carnudos, que me lembram almofadas 
Mas não gosto do fato de não estarem colados aos meus 
Não gosto de pensar que nós só existimos na minha imaginação 
Não gosto do tempo que perdemos todos os dias 
Das oportunidades que desperdiçamos Das manhãs que não nos vemos 
Das vezes que nos desencontramos
E principalmente, não gosto quando a coragem me abandona
E eu não consigo te dizer o quanto eu gosto de você.

Fonte: Google Imagens

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"Seja eu! Seja eu! Deixa que eu seja eu e aceita o que seja seu. Então deita e aceita eu..."

segunda-feira, 14 de março de 2016

A Cor e o Som

Para celebrar o Dia Nacional da Poesia, lanço um dos meus poemas preferidos, lá de 2007/2008:

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A cor e o som

A cor doce da fruta macia
Encanta meus olhos como o riso leve da primavera
Enche minha boca com o sabor molhado do rio
E invade minhas narinas como o amarelo brisa do céu
O toque aveludado do som da tua voz...
Carícia boa de receber aos ouvidos
Teu beijo, carinho extremo do amor nosso
Boca tua na minha, a cor da paixão no desejo
O som vermelho do teu coração no meu peito...
Esqueço-me de tudo, branco da alma nossa aqui
O som do meu mar, mergulho em ti
Tambor multicor a ribombar no peito
Explode...
Desejo, desejo
Fruta colorida colhida no pé
Teu beijo, teu beijo...

Fonte: Google Imagens

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"Diz que é verdade, que tem saudade, que ainda você pensa muito em mim. Diz que é verdade, que tem saudade. que ainda você quer viver pra mim."

sábado, 12 de março de 2016

Poema da Dependência

Poema da Dependência 


Agarro-me à fina borda de tua presença
Tal qual náufrago ata-se à boia
E em desesperados sussurros
Suplico que não me abandones

De minha garganta seca
Sai o grito emudecido de socorro
Quem ouvirá meu lamento
Quando não estiveres por perto?

Não me deixe a sós, comigo 
Porque sozinha já não sou ninguém 
O medo me paralisa no escuro
E febril, procuro a tua mão 

Talvez tal tarefa seja um fardo
Não pedistes por nada disso
Mas o que posso eu fazer 
Se tua presença se fez essencial?

Meu coração a correr como trem descompassado
Bate trôpego quando não te vê 
E eu sinto tanto a tua ausência 
P R E C I S O  D E  V O C Ê



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"E eu vou dizendo na sequência, bem cliché: Eu preciso de você!"

quarta-feira, 9 de março de 2016

Fragmentos


Como vidro quebrado
Minha resistência jaz no chão
Vejo os pedacinhos transparentes
Prontos para virar pó

Do pó eu vim
E ao pó retorno
Tão cliché
E tão cruel

Mágoas vividas
Fragmentos de mim que bóiam
É a ansiedade que treme
Em meio à respiração entrecortada

Corto os pulsos
Corto as amarras
Corto a fina linha que me separa
Da sanidade

Voei.


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"Does that make me crazy? Does that make me crazy? Does that make me crazy? Possibly"

quinta-feira, 3 de março de 2016

Noites de Frio

Noites de Frio

Quando você virou vício
E te querer virou rotina
Foi como se o sol de verão brilhasse ardente
E até o ar à minha volta se aqueceu.

Quando a intenção virou sentimento
E a tua presença se fez necessidade
Foi como caminhar num jardim primaveril
E tudo em mim era flor a desabrochar.

Quando tua ausência ficou constante
Mesmo quando estavas presente
Vi as primeiras folhas caírem
Era a alegria em senescência outonal

E quando nossa vida virou hiato
E o calor do teu corpo fugiu do meu
O sol se pôs no horizonte gelado
E eu vivi muitas noites de inverno.

Fonte: Google Imagens


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"E quando chega a noite e eu não consigo dormir, meu coração acelera e eu sozinha aqui. Eu mudo o lado da cama, eu ligo a televisão. Olhos nos olhos no espelho e o telefone na mão. Pro tanto que eu te queria, o perto nunca bastava, e essa proximidade não dava, me perdi no que era real e no que eu inventei. Reescrevi as memórias, deixei o cabelo crescer e te dedico uma linda história confessa. Nem a maldade do tempo consegue me afastar de você."

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Amor e outros refinamentos

Porque, às vezes, uma quintilha, repleta de licença poética, já me basta.

Amor e outros refinamentos

Eu me apaixonei por um sujeito simples 
Desses, cuja vida é um verbo de ação. 
Por ser uma moça de predicados
Procurei, em vão, o predicativo do sujeito 
Sem saber que o amor é verbo intransitivo.



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"Tem horas que a gente se pergunta... Porque é que não se junta tudo numa coisa só?"