sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Nowhere

Cansaço que bate, não gosto muito dessas rimas, mas gosto do poema como um todo.

Depressão

Frio, fraca força a lutar
Fina esperança,
Sonhos de criança
Corpo adulto a pensar

Genuína dor no peito,
Coração a pulsar acelerado
Ritmo louco, descompassado,
Veias largas, caminho estreito.

Vazio imenso,
Sentimento incompreensível,
Abismo intenso,
Muito mais que impossível

Esperar o que
Se nada vem?
Nem mesmo você,
Até mesmo ninguém.

Coragem, heroísmo, ignorância?
Pode ser, quem sabe, também.
Acabou-se a tolerância,
Não existe mais além.

Esperar o inesperável,
Burrice apenas, e mais nada,
Sensações indecifráveis,
Estou só, na caminhada.




"I think i'll get out of here
Where i can run just as fast as i can
To the midle of nowhere
To the midle of my frustrated fears..."


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Brisa que sopra

Mudos

A parede lisa
É um coração sem sentimento
Que é seco como o solo
Das secas infindas do Nordeste,
A pedra é o material.
Duro e sólido como uma rocha
É o coração de certas pessoas
Que vivem sem emoções,
Com caminhos planejados
E fazem da vida
Um manual de instruções.
Bom mesmo é voar!
Correr no infinito
Pegar as estrelas com as mãos
E viajar nas nuvens.
Bom é amar
E ser amada
Sentir a imensidão do mundo
Respirar bem fundo
E fazer de um segundo,
Um instante eterno
Mas aqueles que não querem esse prazer
São pobres coitados
São mudos num mundo falante
São anões numa sociedade de gigantes
São meros tolos em busca de glória
São acadêmicos perdidos em busca de sol,
Na madrugada enluarada dos boêmios...


Antigooooooooo, mas tá valendo. Brisa que sopra de leve, carícias ao pé do ouvido. Vida que vem.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Antes


E eu queria lembrar de como era antes
De quem eu era antes de tudo
De como eu sorria
Se eu chorava
Se eu sofria...
Eu queria lembrar se eu já fui feliz
Se essa dor sempre feriu
Se já doeu mais ou menos
Se já vivi por inteiro minha vida
Eu queria poder saber como tudo era
Quando eu não escolhia meu destino
Quando só o hoje já bastava
E tudo o que eu tinha me completava
E lembrar de como era a vida
Sem dúvida, neuroses, medos
Sem crises de pânico
E sem tremedeiras de pavor
Queria lembrar de como é não ter vazio
De ser ileso e intocável
De ter a tal redoma de vidro
Intacta, imaculada
Queria saber como é não ter mágoas
Nem culpas e dissabores
Mas eu não me lembro de nada disso
Porque meu peito arde em chamas altas
Uma fogueira que acusa e condena
A penar sem lembranças boas
Da vida que me ilude e sufoca
E torna nulo tudo o que eu sinto...


Porque quem vive, se machuca...

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Ócio

Postagem pra sis, pq ela adooooooooooooooora esse poema!!!!
Sangue

Punhal.
Coração.
Alma.
Dor.
Sangue!
Palavras ferem mais do que armas
Palavras cortam feridas eternas
E sangram até a morte
Morte.
Morrer.
Quero.
Preciso!
Jorra sangue de minha alma
Escorrem gotas de ferimentos de meu coração
Choro minhas mágoas
Exalo meu sofrimento
Lágrima.
Gotas.
Seiva.
Sangue!
E só!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Vazio

Nada e só.

Variadas

Fala, grita, esperneia
Mudez, silencio, rancor
No sentimento, que o coração permeia,
Alvo certo, foi-se o amor

Criança que roda, gira-mundo
Tudo gira, multicor
O passo, o preço, o segundo
Medidas únicas do meu dissabor

A pele, o toque o aperto
O rio a correr prum mar de dor
Chuva, vento, deserto
Dolorida falta, da falta indolor

Variadas penas brancas como espuma
Pétala ultima da sensibilidade em flor
Variadas telas, bolhas, bruma
Colorido escuro do arco-íris incolor

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Silêncio

Olho o vazio em minha volta
O incerto me preenche os olhos
Inunda meu ser
Transborda minha alma
Fere meus ouvidos como lanças certeiras
Já não ouço som algum
Já não sinto mais nada
Além de minha surdez
Sim, posso sentí-la
Tão parte minha, que toma conta de mim
Ela sou eu agora
Já não sei mais como tirá-la de mim
Ela não quer ir embora...
Ela insiste em ficar
E mergulhar em dor os meus dias
Tão vazios de sentido
E cheios de mágoas...
Surda
Muda
Sozinha...
Não preciso dizer nada...